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Desvendando o Diabetes: o que é, quais são as principais causas e quem pode ser acometido pelo problema

30 de janeiro de 2020 | escrito por

Atualmente, no Brasil, existem mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, que representa cerca de 6,9% da população. E, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), esse número está crescendo cada vez mais. Alias, o diagnostico pode demorar, o que acaba por favorecer algumas complicações. A organização mundial da Saúde (OMS) estima que 1,6 milhões  de mortes anuais estejam diretamente ligadas ao problemas e outras 2,2 milhões à glicose descompensada. Algumas pessoas estão mais suscetíveis a desenvolverem a doença do que outras. Quer saber quem e por quê?

Explicando a patologia

O diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente (necessária para fornecer energia para o corpo) ou quando o organismo não pode utilizar de maneira efetiva a quantidade produzida. “Caracteriza-se por uma hiperglicemia persistente, ou seja, uma quantidade alta de glicose livre na corrente sanguínea, ocasionando complicações ao longo prazo”, complementa o endocrinologista Gustavo Eder Sales.

A doença pode causar alguns sintomas específicos com sede, aumento da vontade de urinar, fome, perda de peso, embaçamento da visão e fadiga. Entretanto, a maioria dos diabéticos não apresenta sinais. “Se não tratado adequadamente, o paciente pode apresentar, após anos de doença, cegueira, problemas nos rins, amputações e distúrbios cardiovasculares, como infarto e derrame”, alerta o endocrinologista Rafael Pergher.

Versões

O diabetes tipo 1 e o tipo 2 são os mais comuns da doença, mas possuem algumas diferenças. Saiba quais são:

  • Diabetes tipo 1: O sistema imunológico de algumas pessoas ataca, de maneira equivocada, as células do pâncreas, o que faz com que pouca ou nenhuma insulina seja liberada. Assim, a glicose permanece no sangue em vez de ser utilizada como energia para o corpo.

“Aparece, geralmente, na infância ou na adolescência, mas pode ser diagnosticada em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue”, explica Gustavo. No entanto, não possui prevenção.

  • Diabetes tipo 2: Mais comum em adultos, está associada ao ganho de peso e ao sedentarismo. “Ele também é caracterizado pelo aumento anormal da glicose no sangue, porem, não pela falta da insulina, mas devido a uma resistência à ação dela. Ou seja, o pâncreas produz insulina, porém ela não funciona corretamente”, esclarece Pergher.

Grupos de risco

Quando se trata, principalmente, de diabetes tipo2, hábitos e histórico familiar podem ser fatores determinados para o surgimento da doença. Por isso, algumas pessoas estão mais propensas a desenvolvê-la do que outras. Confira:

  • Obesos: Quanto maior for a quantidade de gordura corporal, maior será a quantidade de gordura corporal, maior será a resistência das células à ação da insulina, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura. “Além disso, o sobrepeso pode elevar a pressão sanguínea, o que torna a pessoa mais suscetível a doenças no rim e ao derrame cerebral”, complementa Gustavo.
  • Pré-diabéticos: É uma condição que se caracteriza pela diminuição na tolerância à glicose ou pela glicose de jejum alterada. Quem possui esse quadro, caso não o trate-o corretamente, pode acabar desenvolvendo o diabetes tipo 2.
  • Hipertensos e dislipidêmicos: Pacientes com pressão e colesterol altos ou alterações na taxa de triglicérides têm maior risco de desenvolver a doença.
  • Pacientes com histórico familiar: Fatores genéticos também são determinantes. Ter um parente próximo com o diabetes aumenta consideravelmente  as chances de a pessoa desenvolvê-lo também.

O que pode Facilitar a doença?

  • Idade: A probabilidade do surgimento de diabetes tipo 2 aumenta com o passar do tempo, principalmente após os 45 anos.
  • Gravidez: Há a possibilidade de surgir o diabetes gestacional, que pode evoluir par ao tipo 2 no futuro, se não controlado. Bebês com peso acima suscetíveis. “Mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP) têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2”, salienta a endocrinologista  Cristiane Laurentti.
  • Falta de exercícios: A prática regular de atividades físicas ajuda no controle do peso e, além de utilizar o excesso de açúcar no sangue como energia para os exercícios.
  • Uso de corticoides: “Esses fármacos, seja como anti-inflamatório, imunossupressor ou, até mesmo, em formulações tópicas, têm dois mecanismos de ação indutores da hiperglicemia, sendo eles a resistência à insulina, ou seja, atrapalha sua execução no transporte da glicose par ao interior das células, e a redução da produção de insulina”, explica Gustavo.

SILVA, Taleessa. Desvendando o Diabetes: Saiba o que é, quais são as principais causas e quem pode ser acometido pelo problema. Plano Alimentar Diabetes. São Paulo: Alto Astral, a.1, n. 2. p. 6-7, 2018.

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