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Excesso no uso de álcool em gel pode causar dermatite nas mãos
27 de agosto de 2020 | escrito por Diego Calheiros
Nestes dias em que lavar as mãos com frequência e usar o álcool em gel é palavra de ordem, a dica é manter a moderação até mesmo na hora da higiene. Pele dos dedos descamando, vermelhidão e até coceira podem ser indícios de dermatite de mãos, desencadeada por vários processos, entre eles o contato excessivo com substâncias como álcool em gel, produtos químicos e até sabão, sabonete e detergente.
A dermatologista Kenselyn Oppermann explica que estes produtos ressecam muito as mãos, retirando a barreira natural de proteção que temos.
“Além de usar mais o álcool em gel e cuidar mais da higiene das mãos por conta do coronavírus, não podemos nos esquecer da hidratação. Então é interessante carregar sempre um hidratante de mãos junto e, após a higiene das mãos aplica o hidratante”, recomenda.
A médica ainda ressalta que o processo de hidratação deve ser feito várias vezes ao dia, após a lavagem das mãos. No caso do álcool em gel, o ideal é passar o produto, esperar secar e então usar o hidratante. O produto não anula o efeito do álcool.
Manifestações na pele
Kenselyn detalha que as manifestações na pele geradas por este tipo de dermatite podem ser na forma de um ressecamento e descamação da pele, mas podem também ser mais intensas.
“Assim, há formação de vesículas, eritema (vermelhidão) e coceira. Isso varia conforme cada pele, cada reação diante de determinando estímulo. Há casos de pessoas com a pele espessa que nem descamação tem e outros, que já tem dermatite atópica ou uma higienização mais frequente como as faxineiras e os médicos, que entram em contato mais seguido com produtos químicos, que acabam fazendo estas dermatites mais intensas nas mãos”, explica.
Não confunda com a disidrose
Sem uma causa estabelecida e com queixas mais frequentes, a disidrose é outra condição que pode surgir nas mãos, mas dessa vez causando bolhinhas d’água e coceira, o que pode evoluir para uma ferida. Estresse e ressecamento da pele podem contribuir para a evolução do problema. Nestes casos, o ideal, como sempre, é uma avaliação médica. “Pode-se também fazer uso de um bom hidratante de mãos”, recomenda a médica de Novo Hamburgo.
Fonte: Jornal NH