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Impacto psicológico da psoríase é tão alto quanto o físico
24 de novembro de 2021 | escrito por Diego Calheiros
Estima-se que aproximadamente 3% da população mundial seja portadora da psoríase. Em números reais isso significa que mais de 3 milhões de brasileiros e 125 milhões de pessoas ao redor do mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase é uma doença que se manifesta na pele e nas articulações do ser humano, é crônica e não contagiosa. Por se tratar de uma doença com predisposição genética, o histórico familiar do paciente auxilia na descoberta e no tratamento.
Dentre os sintomas que são mais comuns estão manchas vermelhas ou brancas, pele ressecada, coceira, unhas grossas, inchaço nas articulações, entre outros. Eles costumam se manifestar em diferentes períodos que podem variar de acordo com o estresse, infecções e alguns medicamentos.
A doença de pele, assim como muitas outras, é influenciada pela saúde emocional. “Causada por fatores genéticos e agravada pelo estresse, falta de exposição solar e outros agressores ambientais, a psoríase é uma doença autoimune e crônica caracterizada pelo surgimento de lesões descamativas e avermelhadas na pele”, explica Paola Pomerantzeff, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. É fundamental que o tratamento inclua a saúde mental do paciente.
Segundo estudo publicado na revista médica Jama Dermatology, os sintomas da psoríase na pele ainda podem causar grande impacto na saúde mental do paciente. “Apesar de ser uma doença benigna e não contagiosa, a psoríase pode gerar um impacto significante na qualidade de vida e na autoestima do paciente, atrapalhando-o tanto fisicamente, quanto psicologicamente e socialmente”, destaca a médica.
Efeitos mentais
“Uma área relativamente nova de pesquisa em dermatologia levanta a hipótese de que se você teve psoríase realmente ruim em uma idade jovem e foi socialmente isolado, isso pode afetar sua vida social mais tarde, mesmo que sua pele melhore”, diz Paola Pomerantzeff. O ideal é que a ajuda psicológica ajude o paciente a controlar o estresse e interpretar corretamente as interações sociais com as quais está lidando por causa de sua pele, o que hipoteticamente poderia fazê-lo ter mais energia mental para seguir seu plano de tratamento – que muitas vezes pode ser muito complicado e difícil.
Bons hábitos de vida também ajudam. “É importante ter uma alimentação saudável e balanceada, aumentar a ingestão de líquidos, dormir bem e com qualidade e praticar exercícios físicos regularmente mesmo dentro de casa. Tudo isso com o intuito de trazer relaxamento, bem-estar e o controle do estresse”, finaliza a dermatologista.
Fonte: Diário da Região