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Outubro é o mês de conscientização sobre a psoríase
3 de outubro de 2019 | escrito por Diego Calheiros
Quem acompanha o blog da Profitus sabe que a Psoríase é um dos temos mais abordados por aqui. Nós buscamos sempre trazer informações valiosas para as pessoas que têm este problema, para que saibam que existem tratamentos e formas de conviver de maneira mais saudável com a psoríase. Além disso, queremos trazer conhecimento para acabar com o estigma e preconceito em torno da doença. A falta de informação ainda faz com que a doença, que atinge cerca 3% da população mundial, seja confundida com outros tipos de patologias da pele, do cabelo e das unhas, como alergias, caspa e micoses, o que só aumenta o preconceito.
Visando isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia definiu outubro como o mês da Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase, já o próximo dia 29 é o Dia Internacional da Psoríase.
Portanto, neste mês você verá diversos conteúdos especiais sobre a Psoríase. Primeiramente, vamos responder perguntas básicas sobre a doença:
O que é psoríase?
Doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. É cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente. Sua causa é desconhecida, mas se sabe que pode estar relacionada ao sistema imunológico. (Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia)
Quais são os sintomas da psoríase?
Variam de paciente para paciente, conforme o tipo da doença, mas podem incluir:
-Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas;
– Pequenas manchas brancas ou escuras residuais pós lesões;
– Pele ressecada e rachada; às vezes, com sangramento;
– Coceira, queimação e dor;
– Unhas grossas, sulcadas, descoladas e com depressões puntiformes;
– Inchaço e rigidez nas articulações.
Em casos de psoríase moderada pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas; mas, nos casos mais graves, pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente.
Quais são os fatores que podem aumentar as chances das pessoas terem a doença ou piorar o quadro de Psoríase?
– Histórico familiar – entre 30% e 40% dos pacientes de psoríase têm histórico familiar da doença.
– Estresse – pessoas com altos níveis de estresse possuem sistema imunológico debilitado.
– Obesidade – excesso de peso pode aumentar o risco de desenvolver um tipo de psoríase, a invertida, mais comum em indivíduos negros e HIV positivos.
– Tempo frio – pois a pele fica mais ressecada; a psoríase tende a melhorar com a exposição solar.
– Consumo de bebidas alcoólicas.
– Tabagismo: o cigarro não só aumenta as chances de desenvolver a doença, como também a gravidade da mesma quando se manifesta.
Quais são os tipos de Psoríase?
-Psoríase em placas ou vulgar: manifestação mais comum da doença. Forma placas secas, avermelhadas com escamas prateadas ou esbranquiçadas. Essas placas coçam e, algumas vezes, doem, podendo atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais. Em casos graves, a pele em torno das articulações pode rachar e sangrar.
-Psoríase ungueal: afeta as unhas das mãos e dos pés. Faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse, escame, mude de cor e até se deforme. Em alguns casos, a unha chega a descolar do leito ungueal.
-Psoríase do couro cabeludo: surgem áreas avermelhadas com escamas espessas branco-prateadas, principalmente após coçar. O paciente pode perceber os flocos de pele morta em seus cabelos ou em seus ombros, especialmente depois de coçar o couro cabeludo. Assemelha-se à caspa.
-Psoríase gutata: geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta. É caracterizada por pequenas feridas, em forma de gota no tronco, nos braços, nas pernas e no couro cabeludo. As feridas são cobertas por uma fina escama, diferente das placas típicas da psoríase que são grossas. Este tipo acomete mais crianças e jovens antes dos 30 anos.
-Psoríase invertida: atinge principalmente áreas úmidas, como axilas, virilhas, embaixo dos seios e ao redor dos genitais. São manchas inflamadas e vermelhas. O quadro pode agravar em pessoas obesas ou quando há sudorese excessiva e atrito na região.
-Psoríase pustulosa: nesta forma de psoríase, podem ocorrer manchas, bolhas ou pústulas (pequena bolha que parece conter pus) em todas as partes do corpo ou em áreas menores, como mãos, pés ou dedos (chamada de psoríase palmoplantar). Geralmente, se desenvolve rápido, com bolhas de pus que aparecem poucas horas depois de a pele tornar-se vermelha. As bolhas secam dentro de um dia ou dois, mas podem reaparecer durante dias ou semanas. A psoríase pustulosa generalizada pode causar febre, calafrios, coceira intensa e fadiga.
-Psoríase eritodérmica: é o tipo menos comum. Acomete todo o corpo com manchas vermelhas que podem coçar ou arder intensamente, levando a manifestações sistêmicas. Ela pode ser desencadeada por queimaduras graves, tratamentos intempestivos (como uso ou retirada abrupta de corticosteróides), infecções ou por outro tipo de psoríase mal-controlada.
-Psoríase artropática: além da inflamação na pele e da descamação, a artrite psoriática, como também é conhecida, causa fortes dores nas articulações. Afeta mais comumente as articulações dos dedos dos pés e mãos, coluna e juntas dos quadris e pode causar rigidez progressiva e até deformidades permanentes. Também pode estar associada a qualquer forma clínica da psoríase.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia