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Diabetes: dicas na hora de comer fora
14 de agosto de 2019 | escrito por Diego Calheiros
Texto originalmente publicado em eucauso.org.br
Embora não seja o melhor dos hábitos, comer fora de casa é uma situação inevitável. Seja pelo horário do trabalho, dos compromissos, por divertimento ou até pela falta de habilidade para cozinhar, o fato é que todos acabam fazendo refeições em restaurantes, cafés ou lanchonetes. E é aí que estão as tentações, especialmente para aqueles que costumam manter uma dieta equilibrada, como as pessoas com diabetes.
De acordo com a Dra. Celeste Viggiano, nutricionista clínica e sanitarista com especialização em Doenças Metabólicas, sair para comer é também uma forma de lazer, especialmente nas grandes cidades, e ninguém precisa se privar deste prazer. Basta tomar alguns cuidados básicos para evitar problemas.
“Na hora do almoço, as pessoas devem preferir restaurantes self-service, que oferecem mais opções de verduras, legumes, carnes e sempre têm frutas frescas para a sobremesa. Nos locais com menos variedade, deve-se preferir os pratos de preparo simples, sem molhos, maionese, creme de leite e com pouco sal. Olhar bem o cardápio e procurar saber que ingredientes fazem parte do prato também é importante. Quando a pessoa tem diabetes, deve perguntar ao garçom sobre o tamanho da porção, para não exagerar na quantidade. Neste item, os estabelecimentos que servem comida por peso levam vantagem”, orienta.
A nutricionista ressalta ainda que, na hora de escolher a refeição, a pessoa deve lembrar das orientações da pirâmide alimentar e das equivalências dos alimentos para não fugir à dieta prescrita. “Tomar cuidado com o couvert é necessário, pois a entrada também fornece calorias, proteínas, carboidratos e gorduras. Às vezes a pessoa já chega ao restaurante com fome e acaba ingerindo o couvert mesmo. Neste caso, deve-se sempre procurar pela alternativa mais simples e consumir com moderação”, acrescenta.
Quando o almoço é substituído por um sanduíche, os cuidados devem aumentar. “Os melhores sanduíches são os mais simples. Um churrasco no pão com salada, por exemplo, é uma boa opção. E a refeição fica mais adequada com um suco de frutas. Às vezes a pessoa pensa que o sanduíche natural é mais saudável, mas na verdade é mais rico em gordura por levar maionese, atum em lata ou creme de leite”, informa a Dra. Celeste.
A especialista comenta que não atrasar o horário da refeição e não passar muito tempo sem se alimentar é fundamental, especialmente quando a pessoa tem diabetes. “Um suco de frutas ou um salgado assado, como esfirra, pão de batata ou pastel de forno (dependendo do recheio) são boas opções para o lanche.”
Na hora do jantar valem as mesmas orientações do almoço, considerando que para este momento as pizzas são as opções preferidas pela maioria das pessoas. “Na pizzaria deve-se optar pelas coberturas mais magras, à base de vegetais, ou ainda pelas mais simples, como a mozarela e marguerita. As bebidas alcoólicas devem ser evitadas, mas se a pessoa não quiser abrir mão deste prazer deve escolher uma bebida fermentada e ingerir com moderação, não ultrapassando uma latinha de cerveja ou um copo de chope”, sugere a nutricionista.
Segundo ela, conhecer o tratamento adequado do diabetes, ou seja, a ação do medicamento utilizado, o valor nutritivo e calórico dos alimentos e as trocas alimentares que podem ser feitas, faz com que a pessoa com diabetes tenha total flexibilidade e independência em relação a sua dieta, podendo comer fora sempre que quiser ou precisar.