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Páscoa e diabetes: uma parceria possível?
9 de abril de 2020 | escrito por Diego Calheiros
Em outros tempos, a Páscoa poderia ser sinônimo de sacrifício, privação e até mesmo descontrole da glicemia para quem tem Diabetes. Vários sabores e cores recheiam as prateleiras, fazendo dos ovos de Páscoa uma grande atração nesse período, para todas as idades.
Mas qual tipo de chocolate é mais indicado para quem tem diabetes? O ovo de páscoa tem que ser diet? Vamos aos esclarecimentos!
Apesar do chocolate diet não conter açúcar refinado em sua composição, ele possui outros carboidratos, como por exemplo a frutose – açúcar natural do cacau – que também pode aumentar a glicemia. Além disso, frequentemente o chocolate diet apresenta alto teor de gordura, fator que pode contribuir para o aumento de peso e mau controle glicêmico.
Desde 1994, a American Diabetes Association – ADA, demonstra que a sacarose não aumenta a glicemia mais do que qualquer outro tipo de carboidrato. Sendo assim, dentro de um contexto saudável, o chocolate convencional pode sim ser inserido no plano alimentar de quem tem Diabetes.
Com relação às propriedades nutricionais do chocolate, destaca-se a presença dos polifenóis – antioxidantes presentes no cacau que fornecem benefícios à saúde cardiovascular. Estudos recentes sugerem que esses antioxidantes, mais presentes no chocolate amargo (70% de cacau), auxiliam na diminuição dos níveis de LDL (mau colesterol) e da pressão arterial. Há ainda a presença da feniletilamina, substância que auxilia na melhora do bem-estar geral e alívio da tensão.
Contudo, mesmo com tantas propriedades, o chocolate deve ser consumido com moderação por todas as pessoas, independente da presença ou não do Diabetes. Isso porque, trata-se de um alimento calórico e versões como o chocolate ao leite e o chocolate branco apresentam um alto teor de gordura saturada em sua composição, prejudicando a saúde cardiovascular e o bom controle glicêmico.