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Previna a hipertensão e o diabetes
30 de julho de 2021 | escrito por Diego Calheiros
Duas doenças crônicas não saem da lista de preocupações dos profissionais de saúde. A hipertensão, reconhecida pelos níveis elevados de pressão sanguínea nas artérias, afeta um em cada quatro brasileiros, segundo dados recentes do Ministério da Saúde. Ao mesmo tempo, o diabetes, caracterizado pela elevação da glicose no sangue, pode estar na rotina de 13 milhões de pessoas no País, segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Para ambas situações, o ponto em comum está no estilo de vida envolvendo má alimentação, sedentarismo e, consequentemente, obesidade. Quem vive nesse contexto, certamente desenvolverá uma ou as duas doenças ao mesmo tempo. No caso dos hipertensos, eles têm maiores riscos de desenvolver doenças cardiovasculares. De acordo com a professora e coordenadora do núcleo de pós-graduação em nutrição da IDE, Roberta Morgana, uma dieta equilibrada ajuda a prevenir ou mesmo controlar o problema para o longo dos anos.
Segundo a especialista, a atenção especial vai para o excesso de sal. “Na nossa sociedade ele é consumido de forma exagerada, chegando a dados de até 12 gramas por dia, muito acima das nossas necessidades, motivo pelo qual é, atualmente, considerado um dos fatores de risco. Assim, a restrição do sódio é positiva na redução da mortalidade por acidente vascular encefálico e regressão da hipertrofia ventricular esquerda, que é o aumento da musculatura do ventrículo esquerdo do coração”, afirma.
Importante também ficar atento aos rótulos dos alimentos, pois a maioria dos produtos industrializados contêm um alto teor de sódio. “Na indústria alimentícia, o sódio é usado como conservante para os alimentos industrializados, até mesmo para aqueles que a população entende como produtos doces, como bolos e biscoitos”, completa.
Só não ache que cortando o sal da noite para o dia o problema estará resolvido. “Um trabalho na Revista Lancet, em 2016, mostrou que uma redução abaixo de 2,3 gramas de sal em pessoas com pressão normal pode prejudicar a saúde, pois eleva os níveis de hormônios reguladores, hormônios do estresse e lipídios. Ou seja, tudo é uma questão de equilíbrio e avaliado de pessoa a pessoa”, esclarece. A recomendação geral é até de 2 gramas de sódio e cerca de 4,8 gramas de potássio.
Diabetes
Só não ache que cortando o sal da noite para o dia o problema estará resolvido. “Um trabalho na Revista Lancet, em 2016, mostrou que uma redução abaixo de 2,3 gramas de sal em pessoas com pressão normal pode prejudicar a saúde, pois eleva os níveis de hormônios reguladores, hormônios do estresse e lipídios. Ou seja, tudo é uma questão de equilíbrio e avaliado de pessoa a pessoa”, esclarece. A recomendação geral é até de 2 gramas de sódio e cerca de 4,8 gramas de potássio.
Quem recebe o diagnóstico de diabetes já sai do consultório com uma série de recomendações em torno da alimentação. Porque, sim, essa é uma situação controlável. Para isso, o programa deve propor a manutenção da glicemia em níveis regulares, corrigir o peso e repor carências nutricionais.
“Para essas pessoas, é indicado fazer refeições fracionadas durante o dia, a fim de manter os níveis de açúcar no sangue equilibrado. As frutas são essenciais na dieta, porém devem ser consumidas com moderação, sempre utilizando com a casca ou bagaço, pois são ricos em fibras, fornecem a sensação de saciedade e ajudam a diminuir a absorção do açúcar pelo organismo.
Por esse motivo, o consumo de frutas em forma de suco deve ser evitado”, orienta a nutricionista Aline Gomes. Na hora de escolher, prefira as cítricas. Ela também reforça evitar frituras e consumir proteínas assadas ou grelhadas, sendo que o peixe é a melhor opção, especialmente salmão e sardinha, por serem fontes de ômega 3. “Também investir numa alimentação rica em legumes, verduras e grãos Integrais, como farelo de aveia, chia e a linhaça é importante para a manutenção do peso e controle dos níveis glicêmicos”, finaliza.
Já para a nutricionista Isis Graziela, vale lembrar que as pessoas usam a falta de tempo como desculpa para negligenciar a alimentação, levando à obesidade e suas consequências. “Muitos culpam a genética, mas, na verdade, são as escolhas erradas que estão ativando esses gens”, resume.
Fonte: folhape.com.br